Modos de ver (documentário)
Olá, na última aula foi pedido que víssemos o primeiro episódio do documentário Modos de Ver e que escrevêssemos um parágrafo sobre o vídeo e, a partir disso, elaborássemos 3 questões para fomentar o debate/discussão sobre o tema. Segue abaixo a execução da tarefa:
O vídeo inicia tratando da visão dos seres humanos, que antes só conseguiam ver o que estava diante dos seus olhos, mas com a criação da máquina fotográfica puderam ver imagens que estavam além do seu campo de visão. Partindo desse fato, o documentário começa a tratar a circulação de pinturas- que antes só era possível ver estando diante delas- que passaram a ser registradas pelas câmeras e circular sem burocracias em diferentes meios e estando cercadas por diferentes cenários que vão além de uma moldura elegante, o que é muito bem retratado pela fala “Os dias de peregrinação acabaram. É a imagem da pintura que viaja, agora”. A partir desse acontecimento, as obras deixaram de ter apenas o significado original, ou seja, aquele conceito pretendido pelo autor, agora, perante o registro, manipulação e circulação sem medida dessas obras, o significado é muitas vezes deturpado em prol de causas, que estão, na maior parte, relacionadas a persuasão para promover a compra e, assim, gerar lucros e a religiosidade. É importante ressaltar que o documentário da ênfase no fato da obra original continuar se destacando perante as reproduções. Falando em reproduções, esse tema é muito problematizado quando o assunto é o acesso à Arte. Muitas vezes tem-se a impressão de que a divulgação em massa vem precedida de conhecimento, no entanto, a linguagem rebuscada e artística, contínua limitando a arte as camadas mais abastadas das classes sociais, uma vez que, compreensivelmente, uma pessoa que não tem acesso à educação não vai compreender ‘bulhufas’ do que a Arte representa, ficando, infelizmente, presa ao que vê em primeiro plano sem buscar outras significações para o que está representado em tais obras. Para finalizar esse resumo, tem-se essa frase muito instigante e interessante do texto que foi disponibilizado para leitura que eu quero deixar registrada aqui: “O significado da obra original não mais reside no que ela unicamente diz mas no que ela unicamente é.”
1) A arte é acessível ainda hoje?
2) O documentário aborda muito a questão da manipulação da imagem (significado) para parecer outra coisa, sendo assim ao fazer a colagem no Photoshop, como fizemos na última atividade e também a reprodução com outros materiais da composição do colega podemos dizer que nós sujeitamos a nossa (e a do colega) obra a uma manipulação (distorção da significação que queríamos apresentar originalmente) ?
3) O vídeo e o texto tecem uma crítica quanto a interpretação imediata das artes, proveniente da linguagem especializada, desse modo, levando em consideração todas as atividades que fizemos até hoje e os comentários dos professores, podemos considerar que o objetivo delas foi justamente nos fazer ter uma percepção como a das crianças que foram citadas no documentário e assim "desnudar" nossa mente quanto a interpretação imediatista que crescemos acostumados a fazer?
PS: Fiz todas (com exceção da primeira, que eu acho que é muito interrogativa por si só) as questões baseadas no que vimos em sala de aula, não tenho certeza se era assim mesmo, mas foi o que eu entendi na explicação da atividade.
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