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Helvética, o filme |
“Helvetica, o filme” me surpreendeu pois mostra o espaço
urbano e a intensa presença de tipografias, que por sinal é muito significativa
nesse contexto, nunca avia percebido a quantidade de textos que está
presente nas cidades e acredito que a partir desse filme eu sempre verei a paisagem
ao meu redor de modo diferente. Eu estava muito acostumada a ver o texto
realmente como parte da paisagem, então o que eu estava sempre acostumada a ver
era uma composição na qual texto e imagem não se separavam. De certo modo, esse
provavelmente é o ideal e é o que os designers pretendem alcançar, mas eu
realmente tinha uma visão muito “social” disso e agora consigo entender melhor
a importância do diálogo tipografia-imagem. O filme é abordado como uma espécie
de documentário- longa-metragem- no qual, por meio do diálogo com designers
famosos sobre as suas obras e o uso das fontes tipográficas, mostra pontos de
vista favoráveis e contrários ao uso da famosa fonte suíça Helvética, criada no
modernismo para clarificar a mensagem que os textos queriam passar o que antes da
criação dessa fonte era dificultado pelas fontes digamos que “caricatas”. Nesse
sentido, eu realmente acredito que era importante criar ‘tipos’ que se
adequassem e promovessem mais clareza em determinadas circunstâncias como em
uma placa de trânsito ou um documento judicial, mas eu sou obrigada a concordar
com os pós-modernistas que isso tornou-se um problema quando ficou presente em
todos os cenários, apesar de se adequar a tudo, a identidade visual é perdida
nesse processo, é como as casas populares que são todas padronizadas, serve e
atende a demanda de grande parte dos civis, mas quando se pensa na identidade
do morador daquela residência provavelmente ele faria tudo diferente para
atender ao seu gosto pessoal. Enfim, acredito que o filme foi muito didático,
gostei bastante e sobre a minha opinião diante do que foi mostrado, acho que a
Helvética tem sim muitas qualidades mas que foram e são ofuscadas quando elas
se tornaram uma edição pré-programada que vem nos celulares ou um filtro pronto
de Instagram.
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La Antena |
O filme La Antena é um tanto quanto excêntrico, né?? Rsrsrrs. Enfim foi algo muito diferente de provavelmente tudo que eu já vi, mas depois de voltar em alguns trechos eu acho que consegui entender a mensagem que ele quer passar, posso estar completamente enganada, mas acredito que tem uma forte relação com a manipulação das mídias, nesse caso, é explorado principalmente a manipulação televisiva, no qual o vilão é o Sr.TV que em um plano mirabolante roubou a fala de todas as pessoas e pretendia roubar também as palavras, o que quase deu certo mas seu plano foi descoberto pela família de Ana. O vilão sequestrou uma cantora, A Voz, e utilizava ela para entreter o público, que ficava completamente alienado e com grandes expectativas no programa que ela cantava, já que a voz era algo que eles queriam ter intensamente. Ela era como as propagandas de hoje, que mostram um produto como o melhor do mundo e todos ficam deslumbrados querendo aquilo, o que, como sabemos, é um pouco irônico pois muitas vezes compramos esses produtos, usamos uma vez e jogamos no fundo da gaveta, a não ser que seja comida kkkkk. A cena que mais me chamou atenção foi quando Ana disse para o garotinho cego que não ia dizer para ninguém que ele falava, já que o silêncio era hereditário, essa cena foi fundamental para que eu vesse o alto teor crítico presente no filme, pois com a alta influência das mídias as pessoas acostumaram-se a se calar. Enfim, acho que já está ficando grande, no fim o plano da errado e todos recuperam suas vozes. O mal foi vencido mais uma vez. Sobre minha opinião sobre o filme, acho que eu sou muito anos 2000 para aprofundar nos detalhes que aparentemente são muitos, mas de um modo geral, acho muito intrigante como na época que o filme foi feito já se preocupavam com o efeito alienante da televisão sobre as pessoas, achei curioso a fonte das palavras ser muito semelhante a Helvética, talvez até seja ela e achei super interessante o cenário do filme, me lembrou bastante um globo de neve, o fim, quando fechou o livro "cidade", reforçou mais ainda isso.
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Cena do filme La Antena |
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