Imagem televisiva e espaço político- Vilém Flusser
Vilém Flusser destaca na palestra a imagem e a escrita linear, partindo desses conceitos ele atribui durante toda sua apresentação a diferença implícita em ambos. Desse modo ele traça um pararelo entre o místico e o político, uma vez que a imagem é uma reprodução do imaginário e a escrita linear é um aparato político. A crítica se volta a mistura desses conceitos, quando ele diz que a televisão, criada de modo a disseminar a política, é anti-política ele quer na verdade (isso ao meu ver rsrs) mostrar como é conflitante e até alienante mostrar algo na televisão por meio da imagem, uma vez que ela possui diversos significados e- recapitulando um pouco do último documentário- diferentes modos de ver. Ou seja, a imagem utilizada como forma de explicar a escrita, fere o padrão criado a princípio, no qual a escrita deveria ilustrar a imagem. Veja bem, estamos acostumados inconscientemente a sempre assemelhar termos a sua imagem correspondente, isso se torna facilmente uma arma midiática, uma vez que é fácil dizer algo bom e mostrar uma imagem negativa para ilustrar tal situação ou o contrário, dizer algo ruim e ilustrar com algo positivo, como o cérebro se prende mais facilmente a imagem o recurso das imagens unido ao recurso da escrita pode ser um completo tiro no pé caso interpretado erroneamente ou uma poderosa arma de dominação.
1) Na palestra foi dito que as imagens estimulam eventos, sendo assim, todos os eventos são estimulados por imagens ou pode também ocorrer o contrário?
2) As redes sociais, que utilizam muito a imagem acompanhada do texto, também podem ser consideradas anti-políticas?
3) Uma imagem pode descrever muito bem uma situação, isso é fato, mas pode também uma situação descrever muito bem uma imagem, uma vez que uma imagem possui diversos significados detidos nela?
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