Objeto Vestível Dialógico- Primeira Versão
Como na atividade do Objeto Interativo eu comecei sem uma estratégia e no fim deu muito ruim, pois eu não imaginava um resultado final, apenas buscava seguir as diretrizes do meu grupo, dessa vez eu pensei muito, muiito mesmo, descartei várias ideias, teorias, fantasias e decidi dar o famoso passo atrás e buscar na bagagem que eu adquiri coisas que poderiam ser constituintes do meu objeto, então me perguntei, algumas coisas, como "O que é importante no modo como vejo o espaço? Qual é o melhor sentimento que eu já senti em um diálogo com outras pessoas? Como o espaço age para intensificar esse sentimento?" (que no caso foi segurança/confiança)
A partir disso eu me reportei a atividade em aula, que originou as diretrizes do meu trio, abri as fotos que tirei daquele momento e me perguntei "O que me deu segurança aqui?" Mesmo estando com os olhos tampados, com os ouvidos parcialmente cobertos, sem sentir as mãos e sem conseguir me mover direito, eu tinha minha irmã- uma outra pessoa- que estava no mesmo espaço que eu, me guiando (e rindo muito), sendo meus olhos. E é justamente essa resposta que veio na minha mente que originou a base do "projeto" do meu objeto, basicamente a ideia era criar algo que funde duas pessoas, a partir da troca das visões, ou seja, a pessoa A vê o que está a frente da pessoa B e a pessoa B vê o que está a frente da pessoa A.
Mas eu tive duas questões para realizar isso, primeiro por ser uma atividade com poucas fases de elaboração, se eu fizesse literalmente essa ideia seria algo muito básico, e o que eu queria era me desafiar. Segundo, eu precisaria usar algo como um espelho para refletir e a Alice (integrante do meu grupo) já tinha citado que ela havia tido uma ideia que usava espelho. Por medo de ficar algo muito básico ou parecido com o da Alice, eu decidi aprofundar um pouco mais na minha ideia me perguntando o que eu poderia fazer que propiciasse uma visão do ambiente de forma diferente que não fosse dependente apenas do espelho refletindo. Após ver uns vídeos de óptica, cheguei em um que falava sobre a nossa visão ser invertida, que na verdade, estaríamos vendo tudo ao contrário, o que ocorre devido ao modo que a luz chega em nossos olhos. Então, me lembrei de dois pontos, o primeiro foi a instrução da performance do meu grupo (G4) "inverta o teto e toque o chão", o segundo foi o experimento da Câmara Escura, daí tive a ideia de fazer algo que une um pouco de Física com AIA, surgindo o objeto que está sendo explicado abaixo.
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Câmaras Escura que foram embutidas no objeto |
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Eu e meu irmão (cobaia kkkk) |
Durante a aula acho que não deu para entender muito bem o funcionamento, por isso estou deixando aqui a ilustração comentada da parte que trabalha com a transmissão da imagem invertida.
Basicamente o funcionamento é uma REFLEXÃO da luz/imagem, a imagem é captada pela câmara escura- foto dela acima- que possui uma lente de lupa que manda a imagem para folha vegetal, que a transmite invertida. O espelho é posicionado no ponto côncavo da estrutura e por isso a imagem que está sendo refletida no papel vegetal é direcionada para o espelho que manda a imagem para o local em que ficam os olhos. Por isso é possível ver a imagem invertida, que é capitada pela câmara escura, mesmo ela estando posicionada, lateralmente da pessoa que está vestindo o objeto. No momento 40 segundos do segundo vídeo postado neste post, é possível ver o funcionamento de todo esse esquema da imagem captada pela câmara escura sendo refletida em um espelho circular no sentido da abertura para os olhos.
LINK DO VÍDEO QUE ASSISTI PARA FAZER A CÂMARA ESCURA: https://youtu.be/yZlt8VgjKdc
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